terça-feira, 26 de abril de 2016

Comandante da PM descarta reajuste salarial, mas espera que não haja greve

Sobre a ameaça de greve dos policiais militares de Pernambuco, o comandante geral da PMPE, Carlos Alberto D’Albuquerque Maranhão Filho, disse em entrevista concedida à Rádio Jornal na manhã desta terça-feira (26), que espera “sensibilidade da tropa” para que seja mantida a segurança da sociedade.
De acordo com D’Albuquerque, o atual momento de crise econômica não é favorável para uma discussão sobre reajuste dos salários. “Entendemos a atual situação e temos conversado com a tropa que não é o momento para falar em aumento e reajuste salarial. Todos temos acompanhado o momento de crise que o País enfrente e por isso, não acreditamos em greve. Espero a sensibilidade da tropa para seguir o principio básico de garantir paz e uma vida melhor para a sociedade”, disse o comandante, que assumiu a corporação em novembro de 2015 substituindo Antônio Pereira Neto.
A PMPE deve realizar uma assembleia amanhã (27), às 14h, na Alepe (Assembleia Legislativa de Pernambuco), com a possibilidade de deliberação de greve. A categoria está reivindicando um reajuste salarial de 25%.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados, o cabo Alberison Carlos, explicou que os policiais cobram 18,5% de recomposição salarial, referente a perdas por causa de inflação acumulada dos últimos dois anos. Os outros 6,5% correspondem ao aumento salarial. Os profissionais ainda solicitam melhores condições de trabalho.
Ao ser questionado sobre a proposta de ‘reajuste zero’, proposta pelo governo de Pernambuco, o comandante disse que espera que a tropa seja condescendente com o atual momento econômico do Estado. “Acredito que a tropa tolera sim. A gente não pode gastar mais do que arrecada. Temos feito isso junto a tropa, mostrando a realidade dos fatos. É um momento onde temos que mover esforços para melhoria para a qualidade do serviço, melhoria condições de trabalho”, ressaltou Carlos D’Albuquerque.
Em junho de 2014, os policiais militares de Pernambuco ficaram três dias em greve. O período de paralisação foi o suficiente para o registro de arrastões, assaltos e furtos. O Exército chegou a fazer as patrulhas no lugar dos policiais em greve. JC

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